dezenove

Há dois meses eu fiz dois textos a respeito das palavras que Luiza vinha descobrindo. Agora a coisiquinha disparou. As palavrinhas que ela diz a cada dia se aproximam mais das que eu mesma digo. A evolução dos sons e significados vem à galope, e meu coração se enche de orgulho e de saudade daquele bebê que balbuciava sonzinhos miúdos com 70 dias.

Cacaluda (tartaruga) e elipote (elefante) são as minhas favoritas do momento. Mas eu quase derreto quando ela diz “boboleta” ou entrego um copo dágua ou três pedaços de carne e ela fala um “bigado” pra cada vez. Essa coisa de ser mãe trabalhante deixa a gente meio sem saber de onde vieram as expressões. O “oba nananam” sabemos que vem da escola. Batucar falando “batum batum batum” é sobre a música que diz tumbalacatumba – a Galinha Pintadinha nos pegou.

No dia a dia, tento manter um diálogo pra tentar acompanhar o nível de auto-expressão dela. Sempre mostro duas fraldas e digo “quer colocar a azul ou a amarela?”. Até algumas semanas atrás ela apontava pra que queria. Até a semana passada ela escolhia uma das duas. Hoje ela me pede uma terceira opção, “bêdi” (verde)!

Sempre deixei os sapatos ao alcance dela, e sempre estimulei que ela escolhesse o par que vai usar no dia. A brincadeira deu super certo, ela quase nunca repete o mesmo par e pega só o que vai usar. Hoje quando terminei de por a roupinha eu a coloquei no chão e disse “pronto, filhota. Pode escolher seu sapatinho”. Ela foi em direção ao armário (que ela consegue abrir sozinha) e abriu as portas cantarolando “lalalala hey, lalalala hey, lalalala hey”! A ~serumaninha~ virou gente.

A sapequice fica cada vez mais evidente. Logo pela manhã ela rabiscou o armário da vó com giz de cera. Eu falei BEM séria “filha, isso não se faz, a gente só pode colorir o papel, que por isso que mamãe dá os livros de colorir…” e ela bem séria com uma carinha impagável, escutando a “bronca” da mãe e olhando o pai limpar a bagunça. Eu não me aguentei e disse “amor, olha a cara da sua filha me ouvindo”… quando ele virou pra trás pra olhar ela deu uma risada danada, uma dançadinha e mostrou a língua. A vontade de perder a seriedade é incontrolável!

19 meses e um baita salto de desenvolvimento. Tá aí nossa meninoca fazendo bagunça e curtindo a vida. Que Deus me permita por muito tempo acompanhar e sentir tanta alegria.

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