Torn

My days insist on being hard, but compared to what they used to be, I can only be grateful. It’s a piece of cake. Sometimes it’s hard to keep my eyes open, to think straight, or it’s hard to lift one of my arms. It’s much worse not to love oneself, and damn, how hard it is to understand how to love oneself.

With those I love, my days are not easy, but affection makes everything shine. Some days are more beautiful, some are so difficult that the beauty disappears, regardless of being surrounded by love.

I feel good most of the time, and most of the time I’m doing things to keep myself well. Sometimes all I want is silence, but I’ve learned that my chatty mind will chatter, so I occupy it with a story, with a song, a list, or with a text (like this one).

Partnerships are transforming, and as we transition, now and then a little ache comes, and there it will stay… until it’s no longer there.

I’ve been feeling lonely; it’s hard to sleep. It’s hard to love from afar; it’s hard to sustain balance with such a distant love. It’s very hard to understand that what is not nourished dies. So the hardest thing is to understand the whys.

Even though I believe that love is action, that feelings pass, that thoughts change, that movement and intention drive everything… I still find myself immersed in privilege and gratitude, feeling an urge to tear my tears out.

Longing is love that isn’t there. And if love is action, how could it be there?

At least we know that difficult isn’t bad… it’s just difficult

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Reality

The Fall of Future’s Plans

Only those who are dealing with chronic illness would understand 
the pain {besides the pain} of having your worst nightmare underneath your skin
Relief comes covered in fear

Only those facing invisible illness might recognize the loneliness of being misunderstood 
{they come along with the physical discomfort piled up with social disappointment}

Three steps forward, three steps back

Cheers to Tempo - not the time, not the weather, nor the rhythm;
The beauty of a word converging 
my least favorite capitalist appropriation 
the the muse of my motion 
and the motion, devotion

It went all wrong and {maybe therefore} everything is right

Cintia Vinhal, almost 40yo, Luiza’s mom, Communication and Process specialist. Since 2,5 years with symptoms that led to a new meaning of life with an incredible self awareness and gratitude for the others – silver lining since 1983.

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Berlinersário

Completamos um ano de Alemanha. Conquistamos mais do que imaginamos, sofremos o esperado, perdemos o necessário, ganhamos o bastante.

Estamos em uma sequência de semanas avassaladoras. Eu tinha a intenção de falar aqui sobre meu trabalho, o primeiro que consegui desde que chegamos. Toda semana sofro um choque cultural por lá, a começar pela completa inversão do que pra mim era óbvio depois de 15 anos de mercado no Brasil. Como ainda não compreendi muita coisa, postergo o assunto, mas enfatizo a minha imensa gratidão por estar vivendo essa experiência.

Luiza teve férias de 3 semanas logo que comecei no trabalho. A correria tomou conta da gente, porque ao mesmo tempo buscávamos um novo lar. Pra quem mora na Europa sabe o tamanho do problema que estou mencionando. Já ouvi horrores sobre Londres, Itália, Portugal e, obviamente, Berlim. A demanda é absurda, os valores cada vez mais altos, a burocracia inimaginável. Chegamos a visitar um apartamento – que nem tao bom era – junto com outras 50 ou 60 pessoas. Isso quando não são apartamentos sociais, quando a procura aumenta consideravelmente. Ficamos por algumas semanas fazendo até 4 visitas diárias, muitas vezes em lugares insalubres… até que por insistência, persistência, paciência, fé, destino e sorte, encontrarmos o nosso novo lugar.

Depois de encontrado percebemos que era necessário uma reforma. Novamente, quem mora por aqui sabe que a reforma é feita pelo próprio morador, de praxe. Vimos vídeos, perguntamos, desesperamos e fizemos contas. Chamamos os amigos pra pintar, um outro amigo fez o piso por um preço camarada, e a nova casa vai tomando forma. Em poucas semanas estaremos lá, num lugar cheio de parede e chão, ainda sem móveis esperando novas vidas pra serem ali vividas. Agora tem a busca dos móveis, o aniversário do Fabricio, horas extras pra compensar uma saída de férias, shows de rock, outras noites de babysitter pra negociar com as amigas e dali até o inverno começar vai ser um pulo.

O que temos percebido é que, cada vez mais, Berlim é nossa cidade. Nós hoje podemos contar com uma rede de contatos – como de todo migrante consideravelmente restrita – mas marcante. Nós temos diversas vezes a sensação de estarmos no lugar certo na hora certa. Pertencimento.

Fim da primeira volta ao sol no hemisfério norte. A saudade não cessa, mas é compensada pelas superações. Que venham muito mais!

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Que rotina?

Nos últimos anos, se você é minimamente ligado no tema já teve acesso a algumas dezenas de artigos que tratam da culpa materna. Há um crescente movimento contra a romantização maternidade e da gestação. Um Viva a estes processos, porque a gente não merece passar a vida achando que é a única mãe imperfeita do mundo.

Aqui, em meio a uma fofura sem fim e meu eterno encantamento pelo desenvolvimento da pequena, eu tenho sofrido diariamente – e excessivamente – pelo fato dela não estar conseguindo entender a rotina. Estamos na seqüência mudança de casa > mudança de país > sol se pondo antes das 16h > dois anos > escola nova (eu já li sobre uma fase de regressão do padrão de sono aos dois anos, me apeguei ao motivo).

Tô careca de saber que passa. Mas tá sendo duro botar ela pra dormir 2-4 vezes por noite, sempre bem depois das benditas 21h, que foi o horário dela literalmente desde o dia que nasceu.

Fico zonza de tensão conforme as horas da soneca da tarde vão passando. Quando ela acorda e vê que está escuro lá fora é um sacrifício fazê-la entender que ainda não é hora de dormir. Junta tudo isso com o apreço ao “eu não quelo” dos últimos dias… É dureza.

Como mencionei no último post, sou boa em relativizar os sentimentos, então tenho me policiado pra tentar suavizar o meu desespero, hahaha. Mas é difícil e, apesar de estar curtindo a temperatura, o aprendizado e cuidando de tudo pro inverno ser mais suave, eu estou contando os dias pro solstício.

Eu parei há alguns anos de encarar a virada do ano como um recomeço, mas saber que a partir do Natal nossos dias voltam a ser maiores me faz desejar 2017 todos os dias.

Continuo a nadar.

https://www.instagram.com/p/BNUW8cVBxXJ/?taken-by=civinhal

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Vida de mãe

Em outra ocasião eu falei sobre a anulação onde me percebi depois de algum tempo sendo mãe. Uma vez passado o tal do puerpério se é que isso passa – aquela fase vaca-parida que a gente se sente o mais bicho dos bichos – eu fui entendendo que priorizar minha saúde e bem estar é a melhor forma de manter minha filha bem.

Exemplo prático: eu fui incontáveis vezes até a cozinha porque tava sentindo fome ou sede. Alimentava/dava água pra Luiza e continuava os meus afazeres como se a missão estivesse cumprida. Eu chamo de maluquice, outros chamam de maternidade, desequilíbrio, amor ou sei lá o que. Mas o fato é que, por mais absurda que me parecesse a situação, eu NUNCA mencionei esse fato com alguma mãe que não fizesse uma cara de paisagem. “Sim”. “É assim mesmo”. “Acontece”. “Normal”.

A gente se vê em situações esdrúxulas, daquelas que a gente pensa que nunca vai permitir – antes desses hormônios, dessa energia, dessas bênçãos e desse amor doido entrar na nossa rotina. De repente somos responsáveis por outra vida (às vezes mais duas ou três, ou sete) e é um tanto irresponsável deixarmos a nossa própria vida em segundo plano.

Longe de mim generalizar os sentimentos maternos. Cada maternidade é única assim como cada filho é único. A mesma mulher tem estímulos, vivências e cenários diferentes de um filho pra outro, então a relação sempre é diferente. A percepção e a forma de lidar com isso também. O puerpério acontece de um jeito pra umas de outro pra outras. Mas é fato que temos que nos adaptar no novo formato familiar depois que um bebê chega.

Daí chego à constatação principal desse relato: pra ajudar uma mãe a ser menos doida e conseguir pelo menos por alguns minutos organizar a cabeça e a vida, ofereça ajuda. Mas uma ajuda do jeito que a mãe quiser, na esfera que ela quiser, sem soar prepotente ou invasivo. Com uma coisa a menos pra ter que pensar os outros milhões de pensamentos fluem melhor. Se acha que isso é problema dela e não quer ajudar ativamente: guardar seus pensamentos pra você já é excelente =)


Beijos de uma mãe que quer, dentre outras atividades, escrever três projetos, estudar alemão, estudar outras coisas, cuidar da casa, achar vaga no KiTa, se alimentar e dormir decentemente, brincar com a filha e ainda assim ter um blog ativo. Nem me pergunte qual parte eu tô conseguindo executar satisfatoriamente… Ainda assim cheia de gratidão e doida pra comemorar 2 anos dessa loucura!

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Rock

Luiza vem com um fone de ouvido na mão:
– Mamãe, pode ouvir a música do Bita.
– Filha, mas a mamãe não quer mais ouvir o Bita. Mamãe gosta é de rock’n’roll.
– Pode ouvir a música do Bita.
– Filha, você sabe do que a mamãe gosta?
– Patati Patatá. Bita. Patatá.
– A mamãe gosta de rock’n’roll, filha.
– Rockoll.
– Posso te mostrar a música que eu gosto?
Coloco uma música do QotSA das mais lights, começo a cantar junto. Ela corre, busca o iPad e coloca o Bita no Spotify e vem cantando e dançando com muito mais entusiasmo do que eu.
Desliguei o meu som e tô aqui ouvindo Bita com ela.

Sendo mãe. Desde 2014.

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dezenove

Há dois meses eu fiz dois textos a respeito das palavras que Luiza vinha descobrindo. Agora a coisiquinha disparou. As palavrinhas que ela diz a cada dia se aproximam mais das que eu mesma digo. A evolução dos sons e significados vem à galope, e meu coração se enche de orgulho e de saudade daquele bebê que balbuciava sonzinhos miúdos com 70 dias.

Cacaluda (tartaruga) e elipote (elefante) são as minhas favoritas do momento. Mas eu quase derreto quando ela diz “boboleta” ou entrego um copo dágua ou três pedaços de carne e ela fala um “bigado” pra cada vez. Essa coisa de ser mãe trabalhante deixa a gente meio sem saber de onde vieram as expressões. O “oba nananam” sabemos que vem da escola. Batucar falando “batum batum batum” é sobre a música que diz tumbalacatumba – a Galinha Pintadinha nos pegou.

No dia a dia, tento manter um diálogo pra tentar acompanhar o nível de auto-expressão dela. Sempre mostro duas fraldas e digo “quer colocar a azul ou a amarela?”. Até algumas semanas atrás ela apontava pra que queria. Até a semana passada ela escolhia uma das duas. Hoje ela me pede uma terceira opção, “bêdi” (verde)!

Sempre deixei os sapatos ao alcance dela, e sempre estimulei que ela escolhesse o par que vai usar no dia. A brincadeira deu super certo, ela quase nunca repete o mesmo par e pega só o que vai usar. Hoje quando terminei de por a roupinha eu a coloquei no chão e disse “pronto, filhota. Pode escolher seu sapatinho”. Ela foi em direção ao armário (que ela consegue abrir sozinha) e abriu as portas cantarolando “lalalala hey, lalalala hey, lalalala hey”! A ~serumaninha~ virou gente.

A sapequice fica cada vez mais evidente. Logo pela manhã ela rabiscou o armário da vó com giz de cera. Eu falei BEM séria “filha, isso não se faz, a gente só pode colorir o papel, que por isso que mamãe dá os livros de colorir…” e ela bem séria com uma carinha impagável, escutando a “bronca” da mãe e olhando o pai limpar a bagunça. Eu não me aguentei e disse “amor, olha a cara da sua filha me ouvindo”… quando ele virou pra trás pra olhar ela deu uma risada danada, uma dançadinha e mostrou a língua. A vontade de perder a seriedade é incontrolável!

19 meses e um baita salto de desenvolvimento. Tá aí nossa meninoca fazendo bagunça e curtindo a vida. Que Deus me permita por muito tempo acompanhar e sentir tanta alegria.

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Os novos anos 70.

Ontem meu Spotify me mandou uma música da Alanis Morissette, que era a coisa menos rock’n’roll que eu ouvia em 1996, hahaha*. Agora tá fazendo sentido essa história de que eu tô ficando velha e que os anos 90 são os novos 70.

Em homenagem ao tempo eu estou revisitando o Jagged Little Pill e orgulhosa de entender every little word she says, uma vez que naquela época eu mal mal entendia os arranjos. Era só uma garota maneira que cantava músicas legais – as vezes de forma irritante. Eu ainda gosto, é uma nostalgia linda!

O tempo passa rápido demais, vejo isso diariamente com um bebê em casa. Mas 1990 parece ter acontecido não em outro século, mas em outra vida. Daquela época a única saudade que tenho é de mais momentos em família, dos meus primos frequentemente reunidos, geralmente não pra fazer nada que prestasse. Mas a juventude é pra isso, certo?

1996
Ainda bem que o tempo passa.

*Isso é mentira. Cantei muito pagode em 1996.

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Expectativa

Eu acredito nas pessoas e no que elas querem passar pra mim. E acredito mais ainda que elas são imperfeitas, mas num sentido muito amplo. São erradas. Como eu.

Acredito que ninguém dá tudo de si pra ser errado. É uma questão de vivência e aperfeiçoamento. Elas acham que estão certas até se convencerem do contrário, mas esse processo é extremamente pessoal, não faz parte do meu mundo… Isso me facilita a aceitação, o perdão, a convivência, inclusive comigo mesma.

[Vale lembrar que, pra mim, certo e errado são relativos e pessoais. O julgamento apenas depende de uma convergência ou divergência de valores]

Todos estamos numa grande viagem, num estado leve (ou não) de paranóia, perturbação ou equívoco. Resolvi muita coisa da minha vida e dos meus relacionamentos interpessoais tratando os seres humanos como pessoas cruas, cheias de defeitos mas acreditando que eles, como eu, estão nessa vida pra aprender/melhorar.

Eu acredito veementemente que, até quem é “ruim”, acha que está fazendo coisa boa. Não faz sentido no meu coração o lance de vingança, de crueldade… fazer o mal pra alguém é fora do meu escopo de entendimento. E no fim, na minha crença, o mal volta. Quem planta banana não colhe tomate. Então é preciso ressignificar.

Quando vejo alguém que está muito longe da realidade e ainda bate muito a cabeça, se prejudicando ou prejudicando os outros – tenho a necessidade de me afastar, por auto proteção. Pelo menos até que eu consiga lidar melhor com a “maldade” (relativa) da pessoa.

paraóia

Lição de vida:
1 – Cuidar de si mesmo antes de cuidar dos outros;
2 – Confiar em si e na natureza (AKA Deus).

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