Ao vivo – de Berlim

Eu não devia estar acordada.

Mas como estou com essa mania de acordar as 5h00 eu resolvi escrever, que é a melhor forma de organizar meu pensamento. Só que, em cada um dos canais ativos na minha mente, tá rolando um pitch diferente com o que posso ou devo resolver/desenvolver nos próximos 18 meses. A partir de terça.

Sim, porque chegamos na Alemanha às vésperas de um feriadão, e isso não é por acaso. De hoje a segunda tô de altas e espero vestir amarelo e rir de bobagem, se minha cabeça deixar. Pretendo dormir de novo jajá, mas antes deixa eu dizer algo pra desativar um dos canais.

Sim, mudamos pra Berlim. Formalmente foi ontem (30/09/2016), quando conseguimos tirar o Anmeldung – diga-se de passagem, em inacreditáveis 24h após o pouso e sem termin.

“Mas eu não fiquei sabendo que vocês iam!”… Gente, quase que não dá tempo da gente mesmo ficar sabendo =) Mas agora é real, e mesmo assim meu cérebro não desligou pra me deixar descansar quando durmo.

Eu acordo às 5h00 desde 22/08/2016 e pela lógica deveria ter se acordado 10h00, já que mudei de fuso. Como sou adepta de fazer limonadas com os limões que a vida me dá eu vou aproveitar o silêncio pra meditar, orar, agradecer e depois eu vou estudar até dormir de novo. Porque hoje é sábado, amanhã é domingo e segunda é domingo de novo, na cidade mais linda e receptiva que já conheci.

Botão de gratidão do Facebook, saudades.

Ain
Continue Reading

OFF

Sétima noite pós batida de carro, minha resiliência tentando ressurgir das cinzas, a energia dando pico em hora errada e a ruminação zoando meu padrão de sono. Pra quem tá tentando recuperar tranquilidade, centramento e discernimento sem alterar muito a base da rotina eu tô ótima…

Continue Reading

Avaliação

Uma das coisas mais estranhas que senti pós maternidade: passei alguns meses sem gargalhar. Achava graça das coisas, mas parece que o cérebro tava num modo full de emoções e a risada não vinha.
Além disso eu tenho uma sensação de que avalio menos. Não sei muito o motivo, ainda não consegui analisar a fundo – porque não consigo mais fazer isso tão de imediato: me parece que as minhas percepções e avaliações – que antes eram infinitas – passam por menos etapas, fluem em menos variáveis e acabam mais práticas e (talvez) menos profundas.

Ainda na época da barrigona eu percebi uma conexão maior com o aqui-agora. Perdi a ansiedade que tava sempre dentro de mim, comecei a aceitar a ordem e a hora das coisas.

Tenho a impressão de que praticamente todos os meus pitis de 1 ano pra cá foram causados pelos hormônios puerperais. Não sou tão chata, não sou tão exigente, não sou tão doida quanto pareci nesses momentos. Ou me nego a perceber que sou. haha.

Todos os dias eu tenho instantes de gratidão pela vida que tenho. Todos os dias eu tenho uma novidade pra aprender com Luiza. Eu nunca me imaginei tão envolvida com o mundo prático, sem racionalizar cada passo dado, e mesmo assim tenho um caminhão de planos pra minha família e pra mim.

Meus medos são os mesmos, mas me desgastam por muito menos tempo, pois tenho gastado meus minutos sendo feliz com as escolhas que fiz e as conseqüências trazidas pelos meus passos. Pequenos passos, dados um de cada vez. Sem pressa.

Na prática os projetos são mais lentos, meu raciocínio é menos aleatório e a vida tá ficando mais leve – embora eu me sinta menos inteligente. Mas é que agora não é hora de brilhar intelectualmente. É hora de ser prática e eficiente. E de ser mamãe.

IMG-20151222-WA0022

Continue Reading

Pazes

Eu passei por um breve período com uma relação intensa de ódio pelo blog. Na verdade pelo serviço de hospedagem. Na verdade pela minha falta de habilidade em lidar com serviços de hospedagem. Mas a verdade MESMO era por causa da alta do dólar, que acabou com meu poder de compra internacional, mesmo que os valores sejam ínfimos – na moeda deles.
Eu amo meus registros, e amo escrever aqui. Me organiza as idéias, me faz digerir o que preciso entender e me faz ver que cresci.
Obrigada aos amigos que me ajudaram a nacionalizar meu blog e desculpa pelo analfabetismo virtual.

Continue Reading

Padrão

No banco as senhas de câmbio não tem “versão” preferencial. Pego uma preferencial geral, que tem outros 6 números na minha frente, nenhum deles pra câmbio. Resultado, levo mais tempo pra ser atendida na P do que pela senha comum.

Highlights: a atendente fofa do câmbio que disse que não podia me atender porque “ta cheio de preferencial que chegou primeiro” e o filtro com água no segundo andar, porém sem copos disponíveis que não sejam aqueles descartáveis de café, pra tomar um golinho de cada vez.

Continue Reading

Maldito plano físico

Sabe aquele machucado que você puxa a pelinha e faz um rombo muito maior? É a prova bruta da minha cabeça dura. Arrependimento, dor e gastura me tirando o sono.

Se fosse uma questão intelectual eu não teria repetido o mesmíssimo erro pela centésima vez aos 30 anos.

Aff… Um dia eu aprendo :(

Continue Reading

Tem medo?

Há alguns meses estive no Rio de Janeiro com amigos, e me surpreendi ao me ver tranquilamente indo/voltando do apartamento para o barzinho a noite, a pé.

Não me recordo da última vez que caminhei pelas ruas de Brasília após as 20h00. Definitivamente faz mais de 10 anos. Por um senso de auto preservação, declarei meu próprio toque de recolher.

Acho que me antecipei. O ano de 2014 está me chocando diariamente, com notícias de assaltos, tiros, sequestros, violência aleatória.

Ontem tive o desprazer de assistir ao noticiário local. Um vídeo mostrava um assaltante sendo pego após um furto em um ônibus. Foram necessários 3 policiais e um transeunte pra conseguirem algemar o bandido que se debatia e agredia os policiais, reagindo à prisão. O EXTREMO DESPREPARO dos policiais é gritante! A arma do policial chega a cair no chão! Uma cena digna de uma comédia policial.

Já era sabido que o DF tem as regiões mais violentas do país. E me incomodava o fato da nossa Bras-ilha estar alheia à isso, na nossa bolha imaginária do Plano Piloto. E a bolha estourou.

Eu não sei sobre vocês, mas eu não tenho a intenção de passar os próximos anos vendo esse cerco se fechar cada vez mais, e tendo que engolir o caos dessa polícia – para a qual eu precisarei de um outro post pra comentar.

eu quis

E vai melhorar? Além da trapapolícia, vai vendo como estão sendo tratadas as crianças e adolescentes por aí…

Continue Reading

À Merda. Bom dia.

Enquanto eu tive dificuldade em lidar com meu eu, me achava incapaz de muita coisa. Enquanto acreditei na força dos genes para definição de personalidade – fato pregado a torto e direito nas ~Minhas Gerais~ – e enquanto meu inconsciente achava que pra SENTIR era preciso SOFRER, era assim que eu vivia. Sofrendo. Com dor daqui e dor dali. As minhas dores, as dos outros, as que eu criava e as que criavam pra mim. Um pouco vindo da aceitação que aprendi a ter desde sempre, com medo de decepcionar os outros.

Hoje eu acredito que nossos limites são guiados pelas crenças que temos em nós mesmos. E a (i)limitação geralmente vem no tamanho no input que nos dão – e que aceitamos. Tenho a sorte de ter um marido que acredita no meu potencial e trabalhar com uma equipe que sempre me põe pra cima, além de todas as figuras amadas que tanto me inspiram no meu viver.

Minha energia baixou na última semana, principalmente pelo fato de ter passado pela terceira crise de enxaqueca em menos de um mês. E pela nítida sensação de que eu as tenho quando não consigo “digerir” sentimentos negativos, e muito menos mandá-los à PQP.

Gostaria, portanto, com esse post, formalizar um grandessíssimo À MERDA à todos os meus abacaxis e aos centralizadores de problemas alheios como eu =)

Bom dia.

fraase

Continue Reading

Tsc tsc tsc

Na Brasília de 2013, seguir as placas de trânsito pode ser uma bela armadilha. As vias vão-se abaixo, as placas continuam de pé.
Eu quase dei com o carro em mini abismos. 3 vezes. Augusto que o diga! E entrei em ruas sem retorno me atrasando a vida 2x.
Pois bem, se não posso confiar nas placas, devo ignorá-las ou fazer o inverso?
Deseducação nível Pro :)

Continue Reading