Minha vida se faz de planos e tombos. De novos tombos, de novos planos e flores emaranhadas em pedras pelo caminho.
Planejo mais do que vejo por aí, sou viciada em analisar cenários, processos e resultados por mais pessoais e informais que pareçam. Óbvio, de certa forma – analisando os casos passados – existem tombos e mais tombos, dos mais diversos, diariamente na minha rotina. Quanto mais plano, mais coisa fora do esperado.
Aaaaaah, a rotina… E meu amor platônico por essa danada. Adoro números, horários, previsões e planilhas. E aparentemente fiz escolhas que me desafiariam brutalmente, me fazendo querer pegar todo esse mundão desorganizado e dobrar pra caber em caixinhas de tamanho médio, cores harmônicas, e deixá-las etiquetadas com a data escrita em um formato padrão, pré determinado.
Daí escolhi ser publicitária, a contragosto dos professores de exatas. Depois caí no mundo dos eventos, e haja jogo de cintura pra lidar com tanto imprevisto. Depois me encontrei como executiva comercial, com uma agenda colorida marcando as metas do dia da semana, que eventualmente trocariam todas de posição, estrategicamente reorientadas, diariamente. Quanto amor deixei por onde passei, quanta frustração transformei em aprendizado, quanta gente querida no meu caminho… Flores e pedras. Tombos e planos. E ajustes.
Me perguntei onde me perdi e descobri que bastava um novo tombo (ou mais) pra me reinventar, e achar o mesmo pique, traduzido em outros planos, em outros planos.
Lá vou eu de novo :)