Estou 22-23ª semana de gravidez. Por aqui já passaram as fases de extrema maluquice, crises histéricas e momentos “não me sinto grávida”, “odeio o cheiro do mundo” e “se esse bebê não for MUITO fofinho eu não o perdôo por esse enjôo”. Minha amiga Ana disse, e eu só concordei, a grávida tem ~a coisa do exagero~ mesmo.
Mas sinceramente, tenho momentos de introspecção sempre, coisa que eu não tinha antes, e além disso notei principalmente um exagero de bom humor. Um humor imbecil, adolescente, com piadas pobres e risadas homéricas, que me diverte diariamente e suaviza qualquer pico de estresse.
Nos últimos 2 dias, marido viajando, eu tentei abrir um vidro de palmito e um vidro de geléia sem sucesso. Chorei algumas vezes e não estou achando muita graça nas coisas. Meu eu introspectivo começou a traçar associações e comecei a agradecer aos céus por ter me proporcionado viver com a pessoa que me inspira orgulho, paixão, felicidade e, principalmente, me gerou o inédito desejo de ter filhos, pra dar de presente pro mundo uma mini versão nossa com 50% da energia incrível que ele tem.
Ele é visceral, intenso, tem talento e carisma como ninguém. É a pessoa mais querida que já conheci. E é por isso que, mesmo tendo a certeza de que ele vai dizer que eu estraguei o console da TV a cabo quando chegar em casa, eu amo essa pessoa profundamente e me emociono com suas conquistas e projetos.
Talvez tenha um pouco d’ ~a coisa do exagero aí, mas garanto que pela sensação que tenho em mim existe margem de erro o suficiente pra deixar o texto bem verossímil.
1 Comment
Que lindo, minha filha!
Me emocionei e mais um vez me senti muito orgulhoso…
Você escreve maravilhosamente.
Te amo!