Outro dia os meus amigos mais ligados à arte fizeram uma foto com vários peladões. Na exposição desses quadros – lindíssimos, por sinal – me pus a pensar na metáfora linda que essa nudez representa.
Despir-se de preconceitos, rancores, tristezas, julgamentos e mágoas é um cadim parecido com tirar a roupa. Exige esforço e desapego. E convenhamos, aqueles que tem essa coragem – e audácia – representam uma parte irrisória da população.
Em todas as teorias e historias que tenho como modelo, percebo que a gente é, basicamente, aquela força gigante no meio do peito, condensada e latente, que gosto de chamar de alma. Além disso é o que temos. Meu corpo, minhas atitudes, meu esforço, minha matéria, minha história. E a gente escolhe andar por aí embaixo de camadas mais camadas de marcas ou se abrir como um sorriso, determinados a fazer a diferença e conquistar o planeta.
E como disse uma amiga, pra ser feliz precisamos de suor e sorrisos. Esforço e bom humor nos faz mais orgulhosos de nós mesmos e traz consequências melhores.
Assim espero.
(Foto da foto de Layana Thomaz por Diego Bresani)