Post perdido – Receita (difícil)

(Fazendo a limpa nos meus rascunhos, encontro este post pronto que não sei porque não entrou. A curiosidade é que pelas minhas contas essa sensibilidade toda era com duas semanas de Luiza na barriga)

Tem dias (cada vez mais raros, amém!) que o ato de sair de casa é a maior prova de que desafios podem ser vencidos.

O corpo pede descanso, a cabeça não sabe por onde começar. Modéstia à parte tenho uma receita que de fácil não tem nada. Mas não tem falhado.

1- Listas: Listas, listas e mais listas de tarefas. Online pra checar de qualquer lugar. Alguém tem que tirar isso daí do papel, e provavelmente serei eu.

2 – Abraços. Nessa hora normalmente eu choro. Porque o abraço relaxa, e o que estava preso na garganta acaba escorrendo. É triste, mas é uma forma de se livrar do peso. Alivia de alguma forma. Abraço no marido, no cachorro, do travesseiro ou nas árvores. Você escolhe.

3 – Banho quente com a última ducha com a água bem gelada. É tão ruim que é bom.

4 – Daí você olha no espelho e desiste de usar aquela cara inchada com os olhos e nariz avermelhados e passa base, corretivo, rímel, a coisa vai melhorando – tanto que as vezes carrego demais ma maquiagem e faço a loka das 7h30.

5 – Agora é ir no embalo. Começou, termina. Salto nem pensar, nessa chuva? Só me falta cair na rua e ficar o resto do dia toda suja. Mais rímel. Ok.

Daí eu agradeço – gratidão é uma das grandes fontes de energia vital, junto das risadas. Imagine você se eu não tivesse que chegar as 8h no trabalho? Imagina se eu não fizesse parte desse time sensacional, cheio de gente divertida e pronta pra dizer pra você que tudo vai dar certo? Eu estaria em casa, encolhida no colo do marido, com um cobertor macio. Que também não é nada mal s2 … Mas daí quem vai resolver aquela lista lá de cima?

Tem dias que só Deus na causa, Rock no fone, batom vermelho alegrando o sorriso, glitter onde quer que seja e rir muito pra chamar outra vibe pra entrar.

20140328-090640.jpg

Continue Reading

Mais um dia, em mais um ano

Ontem foi um dia comum. Todo dia comum tem seus highlights. Uma coisiquinha ou outra especial.

Eu ontem almocei com mamãe, conversamos um monte de coisas, passeamos no shopping, reclamamos e demos risada. Mamãe me enche de inspiração e irritação. Não entendo muito como a relação de mãe e filha pode ser tão linda e tão dúbia. Morro de amores e admiração por ela, mas quando estamos juntas eu me irrito com seu jeito estabanado, com a falta de ordem que as coisas tem na cabeça dela. Só que na verdade é pelo excesso de ordem que as coisas tem na minha cabeça. Depois eu sofro um pouco pela minha rispidez.

Daí a noite resolvi assar o tender que eu esqueci de assar no Ano Novo. Marido e pequenina me buscaram no trabalho, vovô ligou por acidente no meu facetalk do Facebook pelo celular. Vi ele, minha tia, minha avó e mostrei a pequena. Fatalidades fofas da vida.

A noite, tender assando, pão de queijo pra rechear, amigos visitando e o Fred ainda me traz uma mostarda sensacional que compôs muito bem o ~menu~. Daí colocamos o disco do papai no som, e Luiza começa a dançar, cantar, fazer performance. Fui dormir mais tarde me derretendo de orgulho, e pensando no quanto esses pequenos seres mudam nossas vidas.

Luiza não é meu mundo, mas meu mundo agora é por ela, pra ela. Ela me faz repensar minhas atitudes em cada passo. O mundo que ela está conhecendo é diferente demais do mundo que eu conheci quando criança, e eu hei de ser capaz de mostrar pra ela o quanto isso pode ser bom. Luiza: dona de seu narizinho arrebitado since birth.

Nos últimos dias tenho sentido um acalento no coração, uma reaproximação da paz e um cheirinho de encantamento. E o abobamento de estar mais uma vez acreditando na beleza da renovação trazida pelo ano que começa.

DSC_0076

Continue Reading